Dando continuidade à iniciativa que consiste na capacitação dos profissionais do município que atuam nos órgãos da Saúde, Educação e Assistência Social, a Prefeitura de Adamantina, por meio da Assistência Social, promoveu a capacitação de 80 profissionais das pastas.
A iniciativa visa completar ciclo de capacitações dos profissionais do município para a Escuta Especializada, de modo que o cumprimento da lei passa a ser plenamente efetivo no município, com profissionais capacitados em todas as áreas e locais onde há crianças e adolescentes.
A Escuta Especializada caracteriza-se por ser uma relação de cuidado, acolhedora e não invasiva, para a qual requer a disposição de escuta, respeitando-se o tempo de elaboração da situação traumática, as peculiaridades do momento do desenvolvimento e, inclusive o silêncio, sobretudo visando à não revitimização da criança/adolescente.
Assim a criança ou o adolescente tem um espaço em que são ouvidas, oferecendo-as um atendimento que lhes garanta seus direitos e proteção, proporcionando o auxílio e apoio necessário para superação da situação de violência vivida.
“É de suma importância ter o serviço no município a proteção das crianças e adolescentes efetivamente organizada e em funcionamento, primeiramente porque o desejo é proteger nossas crianças e afastá-las de toda forma de violência, e isso só se consegue efetivamente com ações concretas, como a capacitação realizada”, afirma Jenner Spirandeli, psicólogo da Secretaria de Assistência Social.
Em Adamantina, com a ação, 100% dos professores estarão capacitados, e pelo menos um profissional capacitado em cada Unidade Básica de Saúde, em todos os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, CRAS, CREAS ou o próprio Conselho Tutelar.
“Ao concluir as capacitações, o município passa a ser uma referência em Escuta Especializada, pois a articulação da Assistência Social, Educação, Saúde e Poder Judiciário concretizada pelo Protocolo da Rede Municipal de Proteção à criança e ao adolescente em situação de risco para violência e escuta especializada, proporcionam atendimento célere às crianças e adolescentes, pois o acolhimento das situações de violência ocorre próprio espaço onde a criança está. Além disso, a revitimização não ocorre, pois a criança não precisará repetir a descrição da violência diversas vezes, o que lhe causaria grande sofrimento”, finaliza.